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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vida de Rock Star

Mariana estava há dois dias na fila para ver o show dos Lions Brothers. Uma multidão fizera o mesmo que ela. Enfim chegou a noite da apresentação. Os pais da garota disseram: “assista de casa”. O concerto seria transmitido pela NTV, MuitoShow e VH2, mas a adolescente quis ver de perto os três irmãos.
Sucesso no mundo todo, eles eram as paixões do público de 12 aos 15 anos. Paixonite adolescente. “Eu sou sua fã, Mick”, gritava Mariana.
Por volta das 9h da noite, os três garotos entraram no palco. As fãs foram ao delírio quando o ídolo de Mariana disse: “Hello, Brazil, we´re here because we love you so much. Thanks everything”. Muitas nem entenderam o que o ianque havia dito.
Tentando ser rock, mas puxando para o melódico, os Lions Brothers tocaram a primeira música. Mariana, claro, fez questão de registrar o momento histórico que vivia. Quando outra vez na vida, seus amados voltariam ao país?
Durante a apresentação, a garota pensou como seria a vida de rock star. Shows todos os dias, mordomias, viagens para várias partes do mundo, carinho dos fãs e dinheiro, claro, muito dinheiro.
Para o show, a menina tinha levado um presente para os irmãos. Era uma caixa com biscoitos de chocolate, uma camisa estampada com a foto dela, um diário com todas as páginas coladas com fotos dos três e o número do celular dela. “É o plano perfeito, eles vão saber que eu existo”, pensou.
O show finalmente acabou. Durou 1h20, afinal, estamos falando de uma banda adolescente, tem hora para acabar. A mocinha da nossa história não se contentou em jogar o presentinho no palco, ela quis se arriscar. Observou por onde os músicos saiam e seguiu até lá. Enquanto a galera em transe se dirigia para a saída, Mariana ia na direção contrária, para uma porta que dava acesso para atrás do palco. Por descuido da organização e sorte da garota, a porta estava aberta. Mas o lugar estava cheio de seguranças.
Rapidamente a menina entrou no espaço e se escondeu atrás de um biombo. Avistou os irmãos bebendo água e conversando com assessores. Refletiu: “Essa é a melhor chance que tenho”. Se ela saísse dali correndo, certamente os seguranças a pegariam e, além de não entregar os presentes, seus pais seriam chamados e ela ficaria de castigo. Se ela voltasse seria um recuo de covardia. Ela lembrou das vezes em que ouvia o cd dos garotos a noite toda, das camisetas que mandou estampar com a foto da banda, das brigas que teve com amigas para ficar em casa e ver o show dos três pela TV e lembrou: “Eu sou fã”.
Ela, então, partiu para o tudo ou nada. Saiu do biombo e gritou: “Mick, olha aqui, Mick, presta atenção em mim”. O pirralho olhou para ela, mas os seguranças também. Vendo que ela estava com algo nas mãos, foram em sua direção. Sabendo que iam pegá-la, a jovem foi mais rápida e jogou a caixa na direção dos irmãos… É, ela percebeu logo após a besteira que havia feito.
Os seguranças pegaram-na e sairam com ela pela mesma portinha. A caixa, ah, a caixa, ela não trouxe boas recordações para o cantor ianque, naquela noite ele levou 10 pontos na cabeça, uma enxaqueca e percebeu que a vida de rock star não era fácil, sobretudo quando se tem fãs loucas que jogam caixas de madeiras com presentinhos que parecem fofinhos.


Por Lucas Meloni

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

100% Periferia

Pedro Henrique Benni estudava em um dos mais tradicionais e caros colégios paulistanos com seus 13 anos, quando, após uma discussão com o pai, jogou tudo para o alto e foi viver a sua vida. Para a sua mãe, PH dizia que o pai falava o que ele deveria fazer na sua vida. Se ele quisesse estudar música, não poderia, já que o pai planejava que ele se formasse engenheiro.
Quando saiu do Mackenzie, o garoto tinha dito para o pai: “quero viver para o rap”. O senhor de quarenta e poucos anos não conseguiu entender a razão de um menino, criado em berço de ouro e prata, com tudo do bom e do melhor, sempre ensinado nas melhores instituições da cidade viver para um estilo musical que sequer é compatível com a sua condição social.
Com 14 anos, Pedro já andava em grupinho com uma galera do hip hop. Conheceu o MC Coquinha, parceiro futuro de músicas e duelo de MCs. O Coqueta, apelido este dado por PH, apresentou ao moleque a “mina da sua vida”. Patrícia, garota de 16 anos, moradora do Pacaembu, antiga estudante do Pueri Domus e passou a frequentar as aulas de uma escola pública na periferia, assim como Pedro Henrique, para ficar mais perto do movimento.
Todas as noites, quando voltava para casa, PH sabia do grande problema que enfrentava. Amava seu pai, mas não queria ser alguém moldado conforme as preferências dele, gostava do hip hop e queria viver de rap.
Já com 18 anos, o pai não olhava mais na sua cara, e o jovem decidiu sair de casa. Despediu-se de sua mãe, que aos prantos, pediu que ele tomasse juízo e visse a loucura que estava fazendo. Ele respondia: “Mãe, a periferia é a minha verdadeira casa, sou 100% periferia”.
Partindo para a periferia, o garoto lembrou dos anos de convívio com Coquinha e com a “mina top” Patrícia. Os dois morariam agora juntos, Patrícia estava grávida de 4 meses e já esperava o “branquelo” dela com as suas malas.
Pra receber o filho, a comunidade fez uma festa, churrasco e cerveja liberada pra geral. Enquanto rolava a festa, o jovem sente um aperto no coração e relembra toda a história de sua vida até ali, mais uma vez. Poderia ter se tornado um engenheiro, conquistado fortuna, poderia também criar sua família com conforto e ter um bom relacionamento com a sua família. Mas preferiu voar com as suas asas, pôr em prática seus sonhos e viver da aventura de não ter a certeza plena de como será o amanhã.
Em determinado momento da festa, o celular de Pedro toca. Ele lê no visor “casa” e atende. Com a voz pesada e lenta, a mãe dele avisa que uma tragédia aconteceu. Preocupado ele pergunta o que ocorreu e a mãe responde: “o seu pai morreu… e de desgosto, garoto”.

domingo, 10 de outubro de 2010

Corinthians cai de rendimento e Adilson cai do comando

Adilson Batista não é mais técnico do timão; o treinador disse não ter continuado o trabalho de Mano Menezes

Após o vexame apresentado em campo pela 29ª rodada do brasileirão, o Corinthians está sem técnico. Adilson Batista decidiu sair do comando do time de Parque São Jorge após pouco mais de dois meses e meio sem ter conseguido dar continuidade ao trabalho de Mano Menezes.
A decisão foi anunciada logo após o fim do jogo, depois de uma conversa de Batista com a diretoria.
O ex-comandante alvinegro reafirmou que o time tem plenas condições de conquistar o título do Brasileiro e que optou por sair para não impedir a conquista do Corinthians.

domingo, 26 de setembro de 2010

Livros atraem cada vez mais jovens e crianças

Na era digital, se engana quem pensa que crianças e adolescentes não leem mais; livros infanto juvenis figuram entre os mais vendidos


Em plena explosão do Twitter, site de microblogs e a rede com muitos sites de entretenimento rápido, crianças e adolescentes ainda buscam bagagem cultural em livros. Vale ressaltar que não são livros em formato digital. São os livros com páginas e mais páginas de letras bem pequenas que atraem a atenção da juventude. Semanalmente são divulgadas listas dos livros mais vendidos no país, Lua Nova, Crepúsculo, Eclipse e Marley e Eu são os mais bem quistos.
Os três primeiros são da autora Stephenie Meyer, criadora de Crepúsculo, o primeiro livro que narra a história de um grupo de vampiros, depois seguem Lua Nove e Eclipse. A autora já é sucesso mundial, há quem diga que se trata da nova J.K. Rowling, autora de outra saga infanto juvenil, Harry Potter.
Marley e Eu é o livro do jornalista norte americano John Grogan e narra com muito bom humor e emoção a vida de uma família com um labrador muito ativo. Marley traz muitos prejuízos ao estragar a casa, comer corrente e assustar as pessoas, mas a amabilidade do cão para com os donos os conquista.
A reportagem foi até uma das livrarias mais visitadas da cidade, no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, para ouvir a opinião de alguns jovens. “Eu gosto porque ajuda na imaginação, até me anima a ler mais. Quem sabe um dia crio coragem e leio algum clássico da literatura”, diz Juliana Matos, estudante de 13 anos.
O que mais chama atenção dos jovens é o desenrolar da história em vários livros, a espera pela próxima aventura dos herois é o que movimenta o enredo. “Eu compro um livro pra saber a continuação, o que acontece”, diz Juliana Cristina Pereira, também estudante de 15 anos.
O fato de um número cada vez maior de crianças, jovens e adolescentes buscarem os livros é algo a se comemorar. A internet, que surgiu em meados de década de 90, ainda centraliza toda a atenção desse público, mas vem perdendo acessos pois não prioriza a informação de qualidade e o conhecimento fundado em comprovações científicas. Os livros trazem boa informação, instigam a imaginação e o raciocínio, pontos fundamentais para um bom desenvolvimento intelectual de qualquer pessoa.
A leitura é apoiada por pais e professores que se preocupam com a formação cultural de seus filhos. “Quando vejo que meus filhos estão lendo, fico feliz e satisfeita. É um esforço a mais que eles têm, mas um cansaço que eles vão evitar no futuro, porque a leitura já será um prazer”, diz a professora de língua portuguesa Ana Paula Santos.
Não há dúvida de que a leitura para esse público já é um prazer, baseando-se nos números de vendagem dos livros aqui citados, calcula-se que sete das 10 pessoas os leram ultimamente têm até 25 anos. Ou seja, pessoas consideradas jovens. Os livros ainda são a fonte mais saudável e fiel de informação e história, podem não ser rápidos, mas são mais interessantes.

Por Lucas Meloni

domingo, 29 de agosto de 2010

As rinhas dos MC´s

Em vários pontos de São Paulo, MCs se encontram para duelar e provar quem se dá melhor inventando letras na hora

Para quem passa às 10h da noite de um sábado na Praça da República o susto pode ser grande. Um grupo de mais de 20 pessoas se aglomera e incita palavras de ordem. O encontro entre essas pessoas já acontece há pouco mais de 5 anos, normalmente aos sábados à noite, e existe para provar quem cria as melhores letras de Hip Hop na hora.
As competições entre MCs (mestres de cerimônia, a mente pensante no movimento), chamada entre os seguidores do estilo de rinhas, são comuns na cidade de São Paulo. Por ter nascido nas periferias, grande parte dos encontros acontece nos bairros. “Tem em Itaquera, Penha, Guaianazes, um monte de lugar”, disse Claudio Santos, conhecido como MC D.Ó.
João Benedetti, o MC Mamuti, conta que a maior parte das rinhas acontecem mesmo no centro. “Existem batalhas mensais no centro, no espaço Ação Educativa, lá a moçada se encontra pra brigar no hip hop”.
Quem vence a rinha ganha status em seu grupo de amigos, as disputas incluam desde xingamentos leves até conteúdo um pouco mais pesados, mas nada que beire a vulgaridade ou a obscenidade. Os envolvidos respeitam as crianças que andam com os pais pelo centro e param para acompanhar as batalhas.
As rinhas já fazem parte do calendário cultural da cidade, na última edição do programa Virada Cultural, em Maio deste ano, em diferentes unidades do SESC foram apresentadas competições entre MCs, que davam, inclusive, a oportunidade do público participar fazendo parte da disputa.
Os participantes das rinhas creditam o sucesso desses eventos ao avanço do estilo Hip Hop na atualidade. O avanço da cultura pela metrópole proporcionou que mais pessoas tiveram acesso ao estilo. Em centros culturais, por exemplo, como a Ação Educativa e a Casa do Hip Hop, em Diadema, na Grande SP, são ministrados cursos de iniciação ao estilo.
O voluntário de Hip Hop Dance Camilo Perez explica: “A dance, a música, a cultura Hip Hop em si tem ajudado os jovens a fugir de drogas, da violência da cidade grande. O Hip Hop é uma ajuda social a partir do momento que existe como movimento em uma sociedade que não recebe atenção do governo”.
Entre os pontos que merecem destaque para o encontro de MCs para batalha são o Centro Ação Educativa, na General Jardim, 660 com o uso de caixas de som para destacar o som dos que estão batalhando e na porta da estação Santa Cruz do Metrô. Todas as semanas, aos sábados, a partir das 20h30, os seguidores do movimento se encontram para duelar, sem o uso de som.
Além desses lugares, ocasionalmente alguns grupos se encontram na Praça da República e na Praça da Sé, também aos sábados para competir.

domingo, 2 de maio de 2010

Os Milagreiros da Penha

Na fria e chuvosa tarde de uma sexta-feira, um grupo de colegas de faculdade vai a um cemitério para preparar um trabalho acadêmico. A ida ao trabalho fora remarcada, mas parece que o dia escolhido não fora um dos melhores. O grupo chega à porta secundária do cemitério da Penha, localizado no bairro tradicional de mesmo nome em São Paulo. Logo na entrada, as poças que se formavam no portão e as correntes que desciam traziam consigo águas em tons barrentos. Tudo isso, porém, não desanimava os desbravadores estudantes que caçavam uma boa matéria.
Enquanto subiam a rampa de acesso à administração, puderam deixar-se impressionar pelas imagens, esculturas e Cristos que estavam em cima de túmulos e à porta de mausoléus. A chuva que caia limpava os túmulos mais sujos e aumentava o clima de melancolia que estava instalado no local. Um dos estudantes olha para trás e vê na calçada do cemitério uma caçamba cheia de terra, o que mostrava que naquele dia alguém já havia sido enterrado ali.
Ao seguirem caminho, passando pelas alamedas daquele espaço na Penha, eles tinham certeza: no cemitério também há arte. Pouco mais de cinco minutos após entrarem, chegam ao setor administrativo e encontram dois senhores, responsáveis pelo local. O mais antigo, Osvaldo Alves, trabalha no local há 17 anos, é agente de apoio e trabalha com o diretor administrativo, Marcos Souza.
Para os estudantes não foi difícil conquistar a confiança dos homens e conseguir boas histórias sobre o local, no começo da conversa apenas Alves falou. Souza dava algumas explicações através de uma janela que estava abaixo de uma grande placa com os dizeres: Funcionamento: segunda à domingo – 7h às 18h. Depois de alguns minutos, os dois saem para a recepção e aceitam dar a entrevista. Questionados se há alguma história assustadora que circula sobre o local eles são categóricos: “sempre tem, tem gente que acredita que enquanto andam são seguidos, veem vultos, veem coisas rastejando, mas achamos que são frutos da imaginação”, dizem.
Já puxando outro assunto, Souza conta a história de alguns “milagreiros”, são mortos que recebem todas as semanas dezenas de visitas, pois acreditam que eles fazem milagres. Os “milagreiros” especificamente são dois: Césinha e Coca.
César Rodrigues, nascido em 1903 e falecido em 1908, morreu em circunstâncias até hoje não esclarecidas. Alguns afirmam que foi em decorrência de um quadro avançado de meningite outros que o garoto tenha se engasgado com a chupeta. Desde então, as pessoas acreditam que o garoto faz coisas impossíveis. “Esses dias veio uma senhora de Interlagos até aqui à pé pagar uma promessa porque o filho dela passou em um concurso público. Diz ela que pediu ao Césinha”, dizem os administradores. O garoto costuma receber a visita de uma mulher sem laços familiares ou conhecida da família todas as segundas. “Ela vem religiosamente toda segunda, fica algumas horas olhando, cuidando do túmulo e vai embora pra voltar só na outra segunda”, diz Marcos Souza.
Outro túmulo muito procurado é o de uma moça apelidada de “Coca”. Por causa da chuva, os estudantes não conseguiram localizá-la. Ainda segundo os administradores, a quantidade de gente que procura pela moça, que morreu nos Estados Unidos após fazer um tratamento médico por conta de um problema na perna e foi trazida pelos seus familiares para ser enterrada no cemitério da Penha, é menor em relação ao Césinha.
“As pessoas vêm, acreditam na Coca também, mas não é tanta gente. Mas o túmulo tem placas de agradecimento por graça alcançada, igual ao do César”, afirma Alves.
Entre outras histórias curiosas, os homens contam do dia em que algumas mães de santo foram ao cemitério para fazer alguns trabalhos. Às 18h, o sino é tocado para avisar que o cemitério vai fechar, ao certo elas não escutaram e ficaram trancadas. Naquela mesma noite, eles tiveram uma surpresa ao ligar a televisão. “Tinha o helicóptero sobrevoando o cemitério, elas estavam no Datena”, conta rindo Alves.
Pouco mais de 40 minutos de conversa, os estudantes tinham boas histórias, se despediram dos homens e enquanto aguardavam a chuva passar foram ver alguns túmulos históricos do cemitério com mais de 120 anos de fundação.
Um lugar cheio de arte, história, crenças, superstições e mistérios.Existem, claro, cemitérios em São Paulo com mais histórias que o da Penha, mas não são histórias tão ricas e detalhadas como as que contaram os administradores. Outros cemitérios podem ser conhecidos por mal assombros e histórias horripilantes, esse também tem tais histórias, mas tem milagres e, sobretudo, carrega fé em quem ali está enterrado.

Torcida pede saída de dirigente palmeirense


Um grupo de torcedores do Palmeiras montou o site Fora Cipullo (ver aqui) para pedir a cabeça do Diretor de Futebol da equipe. No cargo desde 2007, Gilberto Cipullo é o alvo de fúria da torcida palestrina. Acusado de falta de empenho, o dirigente vem sofrendo forte perseguição, sobretudo da torcida organizada do time, a Mancha Alviverde.
O site mostra os micos, os erros e os defeitos na administração de Cipullo no Palmeiras. A página ainda conta com um abaixo assinado pedindo a saída do cartola, até o fechamento desta reportagem 2665 pessoas haviam assinado o documento via web.
Não há nomes dos responsáveis pelo site, apenas de "amigos" dos responsáveis que colaboraram na elaboração do projeto.
A página ainda hospeda um espaço para contato com os donos do site. O endereço eletrônico disponibilizado é o zap@foracipullo.com.br.

domingo, 7 de março de 2010

Reflexão do dia

Não acredite em meias palavras porque elas não passam meia confiança.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A década em que o PT deu pt

O partido da estrela vermelha e tradicionalmente conhecido como de esquerda, nasceu em meados da década de 80 sob a figura de jovens trabalhadores braçais do ABC que lutavam por um novo país e melhores condições de trabalho. O partido, e seu mais fiel integrante, Lula, ficaram conhecidos nas décadas de 80 e 90 por defender a classe proletária em situações de greve e intermediação com empresários.

O partido conquistou milhares de partidários em mais de 25 anos de história, ampliou sua ideologia aos quatro cantos e cravou sua identidade política na democracia brasileira. Baseando-se em arquivos e dados, é fato afirmar que as décadas de 80 e 90 foram do PT. O partido era visto como límpido, imaculado, correto e focado em seus objetivos.

Mas as coisas mudaram, ou será que elas sempre foram assim? Após muitas tentativas de se eleger, Lula consegue chegar ao Palácio do Planalto e leva para seu governo uma grande base do PT. Já em seus primeiros anos de presidência, fomos surpreendidos com a existência de um mega esquema de corrupção. O mensalão, pagamento à base aliada para as votações no Congresso, foi idealizado por caciques petistas. Entre eles, José Genoíno e José Dirceu. Lula, claro, disse que não sabia de nada.

Entramos no ano de 2010, o último da década dos anos 2000 e revendo notícias, manchetes, trajetórias, acertos e erros, o que se pode dizer é que essa foi a década em que o PT deu pt. Sim, digo isso usando como analogia a expressão deu pt (perda total) em algum carro ou bem. Houve perda total da ideologia política do PT, hoje acordos políticos com o PMDB e lideranças regionais que há 10 anos eram inimigos políticos, vide Lula e Sarney, além de um desalento com seus partidários. A safra de petistas que assistiu às manifestações de Lula nos pátios de montadoras e fábricas no ABC está se desfazendo e o partido não consegue montar uma base jovem à altura para manter viva a ideologia de esquerda. Esse, aliás, nem é mais a vertente do PT, agora o partido pegou gosto pelo governo, devemos caracterizá-lo como centro direita, o que para os mais fanáticos é motivo de discussão.

Foram tantas trapalhadas, burradas, encrencas, artimanhas e armações que marcaram essa década. O PT consegui em dois mandatos destruir uma história de quase 30 anos. Mostrou-se um partido fraco, conduzido por pessoas desorientadas e desnorteadas. O perigo é que eles estão no poder... ainda.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Milhares morrem após terremoto no Haiti


No último dia 12, terça-feira, o Haiti, um pobre país da América Central foi atingido por um forte terremoto de magnitude 7. Segundo agentes do Governo, o número de mortos nesta tragédia natural ultrapassa os 200 mil. Até sexta-feira à noite, mais de 15 mil corpos haviam sido enterrados em covas coletivas. A maior parte dos mortos permanecem sob os escombros.
As equipes de salvamento acham diariamente vivos presos sob os restos das contruções, mas conforme o tempo avança a chance de retirá-los com vida diminui. O terremoto causou 14 baixas no Exército Brasileiro, eram soldados em trabalho de paz no país. Dois civis brasileiros também morreram, a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns, aos 75 anos, e o diplomata brasileiro Luis Carlos da Costa. Costa, de acordo com a hierarquia no comando de paz no país, ocupava o segundo cargo de mais destaque nas operações. O diplomata era amigo de Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissionário brasileiro também morto em um atentado à bomba à Embaixada brasileira no Iraque em 2003.
Dezenas de países estão enviando mantimentos e roupas para os desabrigados, mas a distribuição destes itens ao povo ainda não está esquematizada. Saques e roubos tornaram-se uma constante em território haitiano. A segurança é, sem dúvida, uma das questões que mais preocupam os líderes mundiais que se dispuseram a ajudar.
Hillary Clinton, secretaria de Estado dos Estados Unidos chegou ao país para auxiliar na missão de ajuda.
Neste sábado, soldados que prestavam assistência aos feridos encontrados com vida sob escombros foram atacados por gangues. Eles procuravm por comida e água. A água é considerada um artigo de luxo no país nos últimos dias.
Calcula-se que 250 mil pessoas estejam feridas, pelas ruas é possível ver partes de corpos e o cheiro no país é de morte. Os órfãos abordam os viajantes e repórteres para conseguir alguns centavos.

Cônsul haitiano em São Paulo

Em entrevista ao SBT na quinta-feira, o cônsul haitiano em São Paulo, George Samuel Antoine, não sabendo que estava sendo gravado falou mais do que deveria. Antoine confidenciou que o terremoto em seu país foi culpa de “macumba”, trabalhos religiosos oferecidos aos orixás de religiões africanas, e que o desastre foi bom para deixar o país mais em evidência. O cônsul, em entrevista coletiva na Embaixada do país, disse que foi mal interpretado por causa de seu português ainda ineficiente.

Leia o que foi dito pelo cônsul haitiano:

- A desgraça de lá está sendo uma boa para gente, fica conhecido – confidenciou ele, em seguida comentou a religiosidade do povo - Acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo. O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano tá foda – afirmou Antoine.

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Crédito imagem: Talia Frenkel/Associated Press

domingo, 3 de janeiro de 2010

Fuvest tem início de segunda fase hoje


Para alguns estudantes não houve comemoração da chegada de um novo ano. Eles precisaram se concentrar e reforçar os estudos que tiveram durante longos e longos meses. Mais de 35 mil pessoas vão disputar hoje a segunda fase da Fuvest, o vestibular mais concorrido dentre as universidades públicas no Brasil.

A Universidade de São Paulo, USP, disponibiliza 10.812 vagas para seus cursos, mas há carreiras que enfrentam concorrência de de até 13 pessoas por vaga. Medicina é um exemplo. Outros, como música, a concorrência é de uma pessoa por vaga.

Algumas mudanças pedem a atenção dos vestibulandos, a segunda fase que durará três dias, vai exigir, em seu último dia, um conteúdo geral disciplinar do ensino médio aos estudantes. Os pontos da primeira fase deixam de ser contados nesta segunda etapa.

USP, Unesp e Unicamp anunciaram mudanças em seus vestibulares. O da Unicamp passa a vigorar neste ano.

Os portões serão abertos às 12h30 e fechados às 13h, horário de inío da prova. Todos os exames têm duração de quatro horas. Mais informações, como local da prova, que não são necessariamente os mesmos da primeira fase, é possível encontrar no site da Fuvest.

O candidato deve levar uma fotografia 3x4 para documentação do vestibular.


Autoria da imagem: Nilton Fukuda - AE - Agência Estado

Publicada na versão on line de O Estado de S. Paulo, dia 14 de dezembro de 2009, às 9h27.

Retirada dia 03 de janeiro, às 11h58.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Aquela garota


Sim, definitivamente cartas não são o melhor jeito de conversar nos anos 2000. Quem ainda hoje gasta dinheiro comprando selos? Ora, homem, tire já da cabeça a ideia de ir ao correio postar a carta. Já disse, vai passar 'carão' com o atendente. Ainda por cima uma carta de amor?

Existem tantos outros modos de se dizer o que sente por uma pessoa. Creio já terem inventado o e-mail, sabes o que é um e-mail? Um endereço eletrônico? É mais rápido, talvez consiga uma resposta dela ainda hoje, podes assim decidir se tenta uma conversa pessoalmente ou se te afasta da garota.

Programas de conversas instântaneas, redes sociais, acredita que até por telefone você consegue algo? Claro, desde que tenha em mãos o número da referida moça, a vossa pretendente.

Eu já a vi, és uma moça bonita, com olhos da cor do mar do Arpoador em noites claras. Ela traz uma vontade de pular ao mar, sem rumo, deixar seguir conforme a água quer. Sem dúvida, rapaz, fizeste uma bela escolha, mas parece que até o momento ela que não fizera escolha alguma. Pelo menos não por você.

Mas saiba que no amor não há segredos, ou há sentimento ou não, ele não nasce 'do nada', 'do acaso', ele se conquista. Há quem diga, inclusive, que ele já é predestinado a algumas pessoas. Como sou daqueles que acredita apenas no que é real, posso dizer que o amor vem pra quem busca por ele. Hoje a menina com olhos da cor do mar do Arpoador pode ter esquecido de você, mas no futuro, ela pode te ligar no meio de uma madrugada pedindo a sua atenção e um pouco do teu amor.

Sim, amigo, entendo tua paixão, mas faça algo rápido... cartas, cartas são pra tolos apaixonados, por enquanto apenas você está enamorado, deixe-a louca por ti e aí sim, terás o respaldo dos apaixonados para contornar palavras numa folha de carta.

'Lula, o filho do Brasil' chega aos cinemas hoje

A biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega aos cinemas brasileiros hoje. O filme tem a direção do cineasta Fábio Barreto e custou mais de 18 milhões de reais para ser produzido. A película recebeu o patrocínio de algumas empreiteiras, o que não é normal neste segmento, e empresas públicas também.
O filme conta a história de vida de Lula, desde o seu nascimento no sertão do estado do Pernambuco, até a sua posse como Presidente do Brasil em Janeiro de 2003. No filme há destaque para a trajetória sindical de Lula que por muitos anos foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os escândalos de corrupção e as desordens dos primeiros anos do Governo Lula ficaram de fora da cinebiografia.
Ao todo, 500 salas em todo o país vão exibir a história de Lula. O elenco é composto por Rui Ricardo Diaz, como Lula, Glória Pires, como dona Lindu, mãe de Lula e Juliana Baroni, como Marisa Letícia, a primeira dama.