Powered By Blogger

Pesquise aqui

domingo, 20 de setembro de 2009

Amadores no teatro


Assistir a uma bela peça de teatro é uma atividade cultural agradável e que nos enche de prazer. As peças podem ser desde textos de Shakespeare, musicais da Broadway e até as apresentações dos humildes grupos de teatro amador. O teatro amador é tão simples mas tem seu encanto. É difícil imaginar como um grupo de muitas pessoas consegue se manter sem ajuda governamental ou sem o faturamento de uma bilheteria como as grandes peças em circuito têm.

Semana passada comecei um trabalho de pesquisa de campo sobre o tema. Procurei saber de alguns grupos desses de teatro, busquei entrevistas e depoimentos para um trabalho da universidade. Confesso que a surpresa me pegou em cheio, é tão diferente da realidade teatral que as pessoas já estão acostumadas.

Acompanhei algumas apresentações, normalmente elas acontecem em teatros ou galpões abandonados. A força de vontade dos atores é que torna possível a representação da peça. Os jovens apaixonados pelas cenas interpretam textos conhecidos como Romeu e Julieta e textos de Monteiro Lobato. São adaptações, claro, afinal essas pessoas não têm ao seu favor dinheiro e nem condições de usar totalmente o roteiro dessas obras.

As horas que passei com esses vários grupos me fizeram ver situações cheias de contraste, a alegria que essas pessoas sentiam num mesmo momento em que enfrentavam dificuldades para realizar a sessão de logo mais a noite.

De todas as perguntas que fiz, uma ficou sem resposta: o que move você a participar de um grupo de teatro amador? Todos ficaram em silêncio, alguns ainda tentaram depois responder, mas saíam palavras e frases sem sentido. Conhecer toda a história e viver um pouco daquela realidade me permite concluir que o que os move é a paixão pela arte, só os artistas vivem de mostrar sua arte a qualquer custo, mesmo sem receber um tostão sequer.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Senhor do Tempo


Um senhor está sentado à beira de seu portão numa pacata rua de cidade do interior. Era meio de tarde, na sala o pequeno ponteiro estacionava no número três. O sol aparecia de forma tímida, mas era mais forte que o frio que apenas à noite apareceria. O velho assobiava uma velha cantiga que o pai ensinara há umas cinco décadas, quando ainda tinha paciência para a família.

Enquanto o tempo passava, no começo da rua aparece um moleque, pouco mais de 10 anos, jogando bola. O menino vinha triste, em um lugar tão pobre parecia que a bola era sua terapia. Ao chegar em frente ao portão do velho disse: seu João, o que tem de bão? O velho olhou para o magro garoto e respondeu: bão, bão, só tenho uma bênção pra te dar, rapazote.

O garoto olho para os castanhos olhos do velho, não entendia porque ele dissera aquilo, mas algo aconteceu, sua alma se arrepiou e de seus olhos caíram lágrimas. Ele juntou forças em seu interior para novamente levantar a cabeça e perguntar ao senhor: seu João, quando eu vou entender a vida? O velho mineiro apssou a mão pelo rosto, ensaiou levantar, mas preferiu quedar sentado mesmo. Depois de tudo isso disse: eu tenho 82 anos e até hoje não entendi a vida. O velho depois sorriu e se despediu do garoto que seguiu seu rumo sabendo que não são os anos que fazem você entender a vida, mas a vontade de entendê-la. Seja o senhor de seu tempo.



Autoria de Lucas Meloni

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minha cidade, meu lar

(Brasão da cidade de São Caetano do Sul, SP, ABC)

Sofro de um certo saudosismo exarcerbado da cidade em que nasci. Moro em São Paulo, capital, mas tive o privilégio de nascer na cidade mais bonita do ABC paulista, São Caetano do Sul. Lembrar de como era andar pelas ruas e alamedas de São Caetano quando criança me faz bem. O que me faz mal é não morar lá agora. Gosto muito de São Paulo, sei que a vida de todos gira ao redor dessa grande cidade, mas o que há em São Caetano é especial.
Não sei se você, caro leitor, já teve a oportunidade de ir a São Caetano. Andar pelas ruas arborizadas e bem cuidadas da cidade é fantástico. O centro é bem organizado, não há a sujeira que existe no centro de São Paulo, o movimento de pessoas é outro, enfim, é uma cidade diferente de todas as outras que conheço.
Claro, você pode me dizer que SCS tem todas essas vantagens pois é uma cidade "pequena", mas São Caetano não é cidade pequena, o seu povo a faz a de mais relevância para o ABC. Só quem é sulsancaetanense para saber a alegria de ver um jogo do azulão no Anacleto e depois comer doces e quitutes na avenida Goiás. Em curta frase posso dizer: São Caetano é o melhor lugar do mundo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Amor, verdadeiro amor...

Eles se encontraram certa manhã, estavam desnorteados. Ele a achava metida e filhinha de papai, ela o via como um à toa e insensível. A tarde de sábado parecia triste. Como diria o mestre de Sagarana, para chover só faltava a chuva.
Eles já se conheciam, mas não tinham percebido que o que os unia era mais forte que o que os separava. A menina tinha no rosto certa dúvida, não sabia se pronuncia as palavras que mantinha no coração e o rapaz não soltava as que trazia na boca.
Eles ficaram alguns minutos se olhando, as árvores eram agitadas pelo forte vento e caia do céu algumas gotas de chuva... duas caíram sobre os rostos dos jovens. Junto caiu do rosto dela uma lágrima, agora, já misturadas, gota e lágrima presenciam uma fala: Eu te perdoo, eu te amo.
Abrindo um sorriso, o rapaz também deixa rolar uma lágrima. Enquanto os dois ainda se olham, a chuva começa e limpa um passado cheio erros.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Assaltos tiram o sono de moradores da zona norte de São Paulo

O clima de insegurança tira a imagem de tranquilidade de seus bairros e deixam os moradores em alerta


Alguns bairros da zona norte de São Paulo passam por uma forte onda de assaltos. Casa Verde, Limão e Barra Funda são alguns deles. Os moradores afirmam que sempre houve assaltos nos bairros, mas desde o começo desse ano o número de casos praticamente dobrou. “É sair na rua após às 21h pra ser assaltado, sobretudo na Engenheiro (avenida Engenheiro Caetano Álvares). É um perigo”, conta a moradora do bairro da Casa Verde, Maria Luiza Guimarães. A reportagem apurou que o número de casos aumentou consideravelmente na região, aproximadamente 15%.
A violência não atinge totalmente os bairros, o problema se concentra em pontos específicos, o que facilita medidas preventivas da polícia. Ou pelo menos deveria facilitar. A Secretária de Segurança Pública foi procurada pela reportagem, mas não quis explicar o fato.
No bairro do Limão, a situação também é tensa. Comerciantes reclamam dos riscos de abrir as portas e fechar sem o faturamento do dia por causa dos assaltos que se tornaram rotineiros. “A gente abre a loja e fica a dúvida se a gente vai terminar o dia com o dinheiro que ganhou”, relata Pedro Pereira, dono de um restaurante no bairro. A falta de segurança assusta a todos, segundo os moradores, os mais afetados são adolescentes e jovens que voltam de escolas e faculdades altas horas da noite e pessoas que trabalham até tarde.
O bairro com a situação mais crítica é a Barra Funda, a entrada da estação Palmeiras – Barra Funda é tida como o ponto mais perigoso do bairro. “A movimentação de muitas pessoas facilita as ações de roubo”, diz a advogada Bianca Bieni. Os assaltantes agem à luz do dia mesmo. A polícia faz rondas periódicas pelos bairros da região, mas os bandidos sempre conseguem se esquivar.
Para os moradores, não há um motivo específico que tenha sido responsável pelo aumento da criminalidade. A região é abastecida de muitas linhas de ônibus e Metrô que a mantêm ligada a vários pontos da cidade de São Paulo. Por todas essas conexões, a área é tão visada.
A explicação mais plausível do aumento no número de assaltos nesses bairros da zona norte é o policiamento ineficaz. Quando falta polícia para proteger a população, o bandido sai para ganhar o seu dia e fazer perder o dia de quem trabalhou.

Sem diploma na redação


A profissão de jornalista, muito procurada nos últimos anos, passou por mudanças que afetam diretamente seus envolvidos. Os ministros do Supremo Trbunal Federal aprovaram há alguns meses um projeto que autoriza a não obrigatoriedade do diploma acadêmico para a profissão. Trocando em meados, é dizer que para ser jornalista no Brasil não se precisa de diploma.
A medida é polêmica, muito discutida na grande imprensa. O fato exigiu do ministro-chefe do Supremo, Gilmar Mendes, uma declaração pública sobre a decisão. Mendes não disse nada a mais que o público já não sabia, não é um diploma que faz um jornalista e sim sua capacidade.
Olhando sob esse aspecto, o diploma parece até um vilão destruídor de talentos e carreiras brilhantes que poderiam se formar. Mas não é. O diploma é o alicerce mais confiável para que um jovem profissional se baseie para construir uma carreira através de sua capacidade.
Teoricamente, a queda da exigência acadêmica empobrece a profissão. Apenas teoricamente, afinal, na prática as empresas jornalísticas continuarão a dar preferência a dar preferência aos graduados. Isso é fato. A área está saturada e a decisão acaba sendo naturalmente escolher os mais bem preparados, os formados em universidades. Claro, é preciso destacar que os talentosos têm mais chances de brilhar na carreira. Pode até ser que um sem diploma, mas isso apenas o tempo irá dizer.
Aos já jornalistas e aos aspirantes à profissão, fica a dica: preparem-se mais, leiam mais, se informem mais. Em tempos de fim de diploma, não será um papel que vai reservar uma cadeira na sombra de uma agitada redação.