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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prêmio Multishow inova mas não surpreende

Por Lucas Meloni

A 16ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira inovou, mas não surpreendeu. Ao todo, foram mais desete milhões de votos dados para artistas e profissionais da música que estavam em votação para o PMMB. O evento aconteceu na noite desta terça-feira, 18 de julho, no CitiBank Hall, na Barra da Tijuca.
O tradicional prêmio, teve 12 categorias, sendo duas novidades. A primeira delas foi Prêmio TVZÉ, uma referência a um quadro do programa de clipes TVZ do Multishow em que assinantes enviam vídeos parodiando seus artistas favoritos. Uma paródia da música Dalila de Ivete Sangalo foi a escolhida. A outra nova categoria chamava-se Iniciativa. Premia grupos ou artistas que trabalham com novas formas de divulgação da música, os vencedores dessa categoria, que não teve voto popular, foram os mineiros do Skank.
Os destaques da cerimônia foram as apresetanções de Marcelo D2 e Seu Jorge na abertura, Ana Canãs e Arnaldo Antunes cantando Raul Seixas e a homenagem a rainha do rock brasileiro, Rita Lee.
Entre os grandes vencedores da noite, vale destacar Marisa Monte com melhor DVD com meu “Infinito Particular”, Seu Jorge como melhor cantor, Vanessa da Mata com “Amado” como melhor música e, como melhor grupo, a banda gaúcha, Fresno.
Esse ano, pela primeira vez desde sua criação, o prêmio foi transmitido através do site do Multishow na internet. A equipe da cerimônia também abastecia o Twitter, Facebook e MySpace do canal com informações em tempo real dos acontecimentos.
O PMMB esse ano inovou, mas não supreendeu muito, alguns vencedores já eram previstos e os shows foram apenas medianos. O ponto forte da cerimônia, foi a total sinceridade de Rita Lee, a homenageada da noite: “Na verdade eu preferia a homenagem em dinheiro… O número da minha conta nas Ilhas Caymãn é o mesmo da Igreja Universal.”
A sonoplastia do Multishow deixou a desejar, mas o bom humor de Fernanda Torres, como apresentadora e as aparições de alguns artistas valeram a premiação.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

À Sarney o que é de Sarney

Há alguns anos o senador José Sarney (PMDB-AP) escreveu um artigo para o jornal Folha de S. Paulo com o título: À Lula o que é de Lula. À época, o Brasil estava envolto na ditadura militar e Lula havia sido preso por seus atos militantes de esquerda. Sarney, com os meios que dispunha, escreveu em defesa do líder sindical que, naquele contexto, estava sendo consumido pela máquina corrosiva dos militares.
Quem leu àquela reportagem pôde ver que nas linhas do texto, o político Sarney defendia as ações de Lula e sua força de vontade em lutar pelo que acreditava. Realmente, Lula merecia apoio na época porque ao lado de tantos brasileiros queria ver o seu país livre e com uma democracia instaurada.
Décadas depois, chegou a vez de falar: à Sarney o que é de Sarney. Com sua história política conturbada e recheada de mitos e dúvidas, ele é o político mais popular do Maranhão, ou pelo menos era. Sua base eleitoral foi construída no Estado, assim como a base de alguns de seus familiares também envolvidos em políticas.
O ano de 2009 tem sido o mais difícil para o presidente do Senado, denúncias de favorecimento de cargos, nepotismo, falta de decoro parlamentar e outras acusações são jogadas ao vento por inimigos políticos e pela mídia, como foi o caso dos áudios divulgado há algumas semanas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A base governista, que recebe o apoio do partido de Sarney, o PMDB, continua ao lado do senador, o que causa a revolta de muitos brasileiros que nunca pensaram ver Lula apoiando alguém com acusações tão graves contra si. É, os tempos são outros. A era da tecnologia permitiu às pessoas que têm acesso à internet começar uma campanha com o título "Fora Sarney". O movimento ecoou pelo site de microblogs Twitter, já muito popular pelo Brasil.
Com milhares pedindo a saída de Sarney, a crise só aumenta. No dia 5 de agosto, dia da volta dos trabalhos para os senadores, Sarney discursou por longos minutos em sua defesa, dizendo seus inúmeros feitos para o país e rebatendo as acusações feitas contra ele.
Não se pode negar a biografia de Sarney, a que Lula tanto diz, mas também não se pode esquecer do que já foi revelado contra ele.
À Sarney o que é de Sarney, o respeito e a honra que já foi merecida. Mas agora é hora de apurar os fatos, Sarney não vai se auto condenar se se afastar da presidência do Senado, apenas vai dar espaço e tempo para que as coisas sejam esclarecidas.
O Brasil quer respostas, o povo ainda é aquele que votou em Lula mas não viu mudanças concretas, pela própria biobgrafia de Sarney, é hora de dizer: à Sarney um pouco de tempo.

Lucas Meloni

Livros atraem cada vez mais jovens e crianças

Na era digital se engana quem pensa que crianças e adolescentes não leem mais, livros infanto juvenis figuram entre os mais vendidos
Lucas Meloni

Em plena explosão do Twitter, site de microblogs e a rede com muitos sites de entretenimento rápido, crianças e adolescentes ainda buscam bagagem cultural em livros. E vale ressaltar que não são livros em formato digital, não. São os livros com páginas e mais páginas de letras bem pequenas que atraem a atenção da juventude. Semanalmente são divulgadas listas dos livros mais vendidos no país, Lua Nova, Crepúsculo, Eclipse e Marley e Eu são os mais bem quistos.
Os três primeiros são da autora Stephenie Meyer, criadora de Crepúsculo, o primeiro livro que narra a história de um grupode vampiros, depois seguem Lua Nove e Eclipse. A autora já é sucesso mundial, há quem diga que se trata da nova J.K Rowling, autora de outra saga infanto juvenil, Harry Potter.
Marley e Eu, é o livro do jornalista norte americano John Grogan e narra com muito bom humor e emoção a vida de uma família com um labrador muito ativo. Marley traz muitos prejuízos ao estragar a casa, comer corrente e assustar as pessoas, mas a amabilidade do cão para com os donos os conquista.
A reportagem foi até uma das livrarias mais visitadas da cidade, a Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, para ouvir a opinião de alguns jovens. “Eu gosto porque ajuda na imaginação, até me anima a ler mais. Quem sabe um dia crio coragem e leio algum clássico da literatura”, diz Juliana Matos, estudante de 13 anos.
O que mais chama atenção dos jovens é o desenrolar da história em vários livros, a espera pela próxima aventura dos herois é o que movimenta o enredo. “Eu compro um livro pra saber a continuação, o que acontece”, diz Juliana Cristina Pereira, também estudante de 15 anos.
O fato de um número cada vez maior de crianças, jovens e adolescentes buscarem os livros é algo a se comemorar, a internet, que surgiu em meados de década de 90, ainda centraliza toda a atenção desse público, mas vem perdendo acessos pois não prioriza a informação de qualidade e o conhecimento fundado em comprovações científicas. Os livros trazem boa informação, instigam a imaginação e o raciocínio, pontos fundamentais para um bom desenvolvimento intelectual de qualquer criança.
A leitura é apoiada por pais e professores que se preocupam com a formação cultural de seus filhos. “Quando vejo que meus filhos estão lendo, fico feliz e satisfeita. É um esforço a mais que eles têm, mas um cansaço que eles vão evitar no futuro, porque a leitura já será um prazer”, diz a professora de língua portuguesa Ana Paula Santos.
Não há dúvida de que a leitura para esse público já é um prazer, baseando-se nos números de vendagem dos livros aqui citados, calcula-se que sete das 10 pessoas os leram ultimamente têm até 25 anos. Ou seja, pessoas consideradas jovens. Os livros ainda são a fonte mais saudável e fiel de informação e história, podem não ser rápidos, mas são mais interessantes.