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domingo, 2 de maio de 2010

Os Milagreiros da Penha

Na fria e chuvosa tarde de uma sexta-feira, um grupo de colegas de faculdade vai a um cemitério para preparar um trabalho acadêmico. A ida ao trabalho fora remarcada, mas parece que o dia escolhido não fora um dos melhores. O grupo chega à porta secundária do cemitério da Penha, localizado no bairro tradicional de mesmo nome em São Paulo. Logo na entrada, as poças que se formavam no portão e as correntes que desciam traziam consigo águas em tons barrentos. Tudo isso, porém, não desanimava os desbravadores estudantes que caçavam uma boa matéria.
Enquanto subiam a rampa de acesso à administração, puderam deixar-se impressionar pelas imagens, esculturas e Cristos que estavam em cima de túmulos e à porta de mausoléus. A chuva que caia limpava os túmulos mais sujos e aumentava o clima de melancolia que estava instalado no local. Um dos estudantes olha para trás e vê na calçada do cemitério uma caçamba cheia de terra, o que mostrava que naquele dia alguém já havia sido enterrado ali.
Ao seguirem caminho, passando pelas alamedas daquele espaço na Penha, eles tinham certeza: no cemitério também há arte. Pouco mais de cinco minutos após entrarem, chegam ao setor administrativo e encontram dois senhores, responsáveis pelo local. O mais antigo, Osvaldo Alves, trabalha no local há 17 anos, é agente de apoio e trabalha com o diretor administrativo, Marcos Souza.
Para os estudantes não foi difícil conquistar a confiança dos homens e conseguir boas histórias sobre o local, no começo da conversa apenas Alves falou. Souza dava algumas explicações através de uma janela que estava abaixo de uma grande placa com os dizeres: Funcionamento: segunda à domingo – 7h às 18h. Depois de alguns minutos, os dois saem para a recepção e aceitam dar a entrevista. Questionados se há alguma história assustadora que circula sobre o local eles são categóricos: “sempre tem, tem gente que acredita que enquanto andam são seguidos, veem vultos, veem coisas rastejando, mas achamos que são frutos da imaginação”, dizem.
Já puxando outro assunto, Souza conta a história de alguns “milagreiros”, são mortos que recebem todas as semanas dezenas de visitas, pois acreditam que eles fazem milagres. Os “milagreiros” especificamente são dois: Césinha e Coca.
César Rodrigues, nascido em 1903 e falecido em 1908, morreu em circunstâncias até hoje não esclarecidas. Alguns afirmam que foi em decorrência de um quadro avançado de meningite outros que o garoto tenha se engasgado com a chupeta. Desde então, as pessoas acreditam que o garoto faz coisas impossíveis. “Esses dias veio uma senhora de Interlagos até aqui à pé pagar uma promessa porque o filho dela passou em um concurso público. Diz ela que pediu ao Césinha”, dizem os administradores. O garoto costuma receber a visita de uma mulher sem laços familiares ou conhecida da família todas as segundas. “Ela vem religiosamente toda segunda, fica algumas horas olhando, cuidando do túmulo e vai embora pra voltar só na outra segunda”, diz Marcos Souza.
Outro túmulo muito procurado é o de uma moça apelidada de “Coca”. Por causa da chuva, os estudantes não conseguiram localizá-la. Ainda segundo os administradores, a quantidade de gente que procura pela moça, que morreu nos Estados Unidos após fazer um tratamento médico por conta de um problema na perna e foi trazida pelos seus familiares para ser enterrada no cemitério da Penha, é menor em relação ao Césinha.
“As pessoas vêm, acreditam na Coca também, mas não é tanta gente. Mas o túmulo tem placas de agradecimento por graça alcançada, igual ao do César”, afirma Alves.
Entre outras histórias curiosas, os homens contam do dia em que algumas mães de santo foram ao cemitério para fazer alguns trabalhos. Às 18h, o sino é tocado para avisar que o cemitério vai fechar, ao certo elas não escutaram e ficaram trancadas. Naquela mesma noite, eles tiveram uma surpresa ao ligar a televisão. “Tinha o helicóptero sobrevoando o cemitério, elas estavam no Datena”, conta rindo Alves.
Pouco mais de 40 minutos de conversa, os estudantes tinham boas histórias, se despediram dos homens e enquanto aguardavam a chuva passar foram ver alguns túmulos históricos do cemitério com mais de 120 anos de fundação.
Um lugar cheio de arte, história, crenças, superstições e mistérios.Existem, claro, cemitérios em São Paulo com mais histórias que o da Penha, mas não são histórias tão ricas e detalhadas como as que contaram os administradores. Outros cemitérios podem ser conhecidos por mal assombros e histórias horripilantes, esse também tem tais histórias, mas tem milagres e, sobretudo, carrega fé em quem ali está enterrado.

Torcida pede saída de dirigente palmeirense


Um grupo de torcedores do Palmeiras montou o site Fora Cipullo (ver aqui) para pedir a cabeça do Diretor de Futebol da equipe. No cargo desde 2007, Gilberto Cipullo é o alvo de fúria da torcida palestrina. Acusado de falta de empenho, o dirigente vem sofrendo forte perseguição, sobretudo da torcida organizada do time, a Mancha Alviverde.
O site mostra os micos, os erros e os defeitos na administração de Cipullo no Palmeiras. A página ainda conta com um abaixo assinado pedindo a saída do cartola, até o fechamento desta reportagem 2665 pessoas haviam assinado o documento via web.
Não há nomes dos responsáveis pelo site, apenas de "amigos" dos responsáveis que colaboraram na elaboração do projeto.
A página ainda hospeda um espaço para contato com os donos do site. O endereço eletrônico disponibilizado é o zap@foracipullo.com.br.